domingo, 25 de dezembro de 2011

Quem somos


De Onde Viemos?

Mas quem são esses primeiros moradores? E porque vieram para essa região? Para entendermos melhor os motivos que levaram à vinda desses primeiros moradores precisamos entender como se deu a colonização do Brasil, mais especificamente do centro sul da Bahia e note de Minas Gerais.

Os portugueses começaram a chegar ao Brasil em 1530 e até 1808, com a chegada da Família Real e consequente abertura dos portos, a imigração era limitada a portugueses e escravos de origem africana. No entanto, apesar de a entrada de estrangeiros no Brasil ser proibida pela legislação portuguesa, não impediu que chegassem espanhóis entre 1580 e 1640, quando as duas coroas estiveram únicas, judeus (originários sobretudo da península ibérica e Holanda), Ingleses, Franceses e Holandeses. Esporadicamente viajavam para o Brasil, cientistas, missionários, navegantes e piratas Ingleses, Italianos ou Alemães.
(FONTE: http://www.brasilescola.com/brasil/imigracao-no-brasil.htm).

Somente após a aprovação das leis do ventre livre, em 1871 e lei áurea, em 1888, que forçaram os fazendeiros a procurar outras fontes de mão de obra para suas lavouras, que a imigração para o Brasil aumentou e se diversificou.
(FONTE: http://www.rootsweb.ancestry.com/~brawgw/immigration.html).


Em 1534 Martim Afonso de Sousa introduz as primeiras mudas de cana e o gado no Brasil em 1534 na vila de São Vicente (hoje estado de São Paulo), e em 1586 já existia cerca de 70 engenhos em Pernambuco e Bahia.

Um dos primeiros núcleos de colonização estabelecido no médio São Francisco foi em Bom Jesus da Lapa, uma expedição vinda de Olinda, entre 1534 e 1550, chegou à região, atingindo Lapa. Anos depois outra expedição, de Salvador, aí esteve. Na metade do século, um grupo de 200 homens fundou ali um estabelecimento e numerosas fazendas de gado.     Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_S%C3%A3o_Francisco.

O Bandeirante Antônio Luiz Passos, vindo da Bahia estabelece uma fazenda de gado em 1698, na região onde hoje se localiza a região de Rio Pardo de Minas.


As Primeiras Expedições aos Campos dos Goitacazes

Com as primeiras expedições dos Bandeirantes paulistas Fernão Dias Paes Leme e Manoel Borba Gato, por volta de 1674, que passaram pelo centro e norte de Minas Gerais, na região de Sabará (sabarabuçu), explorando os vales dos rios das Velhas, das Mortes, Paraopeba, Araçuaí e Jequitinhonha, a região dos Campos dos Goitacazes, como era conhecida a região de Minas Gerais, começa a ser povoada pelos primeiros habitantes portugueses. 
(Fonte: http://www.sohistoria.com.br/biografias/fernaodias/).

Fernão Dias Paes Leme, Bandeirante paulista (1608-1681). Comandante da célebre bandeira das esmeraldas. No ano de 1.700, partindo da região de Caeté, a expedição de Antônio Soares Ferreira, descobriu as minas de ouro do Serro Frio, ás margens do pico do Itambé; fato esse que causou forte migração de pessoas vindas de Ouro Preto, do Carmo, Sabará, Caeté, da Bahia, pelo vale do Rio São Francisco e de Pernambuco, desceram todos para a região do Serro Frio em 1702. 
(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_Soares_Ferreira).

No ano de 1700, partindo da região de Caeté, a expedição de Antônio Soares Ferreira, descobriu as minas de ouro do Serro Frio, ás margens do pico do Itambé, fato que causou forte migração de pessoas vindas de Ouro Preto, do Carmo, Sabará, Caeté, da Bahia pelo vale do Rio São Francisco e de Pernambuco, dentre outros, desceram todos para a região do Serro Frio em 1702.

A Formação do Estado de Minas Gerais

Em 03 de novembro de 1709, como consequência da Guerra dos Emboabas (1707-1709), que demonstrou a fragilidade do controle da Coroa Portuguesa sobre a região das recém-descobertas minas de ouro (visto que o governador da Capitania de São Vicente residia na Capitania do Rio de Janeiro - esta (RJ) separada daquela (SV) em 1567), a antiga capitania de São Vicente foi transformada em Capitania de São Paulo e Minas do Ouro, separada da do Rio de Janeiro. 
(Fonte: http://pt.wikipedia .org/wiki/Capitania_de_S%C3%A3o_Paulo_e_Minas_de_Ouro).

Em 1720, como consequência da Revolta de Vila Rica, materializou-se a autonomia administrativa das Minas, uma vez que, em 12 de setembro desse ano, D. João V desmembrou-a da Capitania de São Paulo, instituindo a Capitania das Minas Gerais e a Capitania de São Paulo.
A recém-criada Capitania de Minas Gerais, tendo como Capital Vila Rica, contava com 04 (quatro) Comarcas, eram elas:

·         Ouro Preto (com sede em Vila Rica);
·         Rio das Velhas (com sede em Sabará);
·         Rio das Mortes (com sede em São João Del-Rei); e
·         Serro do Frio (com sede em Vila do Príncipe).
(Fonte: http://www.asminasgerais.com.br/?item=CONTEUDO&codConteudoRaiz=38&codConteudoAtual=154).

Diamantina foi fundada como Arraial do Tejuco em 1713, com a construção de uma capela que homenageava o padroeiro Santo Antônio. A localidade teve forte crescimento quando da descoberta dos Diamantes em 1729. Em 1730 vira distrito diamantino.

O Distrito de Jacobina/BA., foi criado em 1720 e sendo elevado a categoria de vila em 24 de junho de 1722, devida a descoberta de ouro anos antes naquelas terras, o que sempre provoca grande migração de pessoas para aquela região.


No ano de 1783, após vencer definitivamente aos índios, no local da ultima batalha - João Gonçalves da Costa, um português - fundou o Arraial da Conquista, onde hoje esta a cidade de Vitória da Conquista, também fundou muitas outras cidades, como Condeúba e Poções.


No ano de 1783, após vencer definitivamente aos índios, no local da ultima batalha - João Gonçalves da Costa, um português nascido no ano de 1720, na cidade de Chaves, em Portugal -fundou o Arraial da Conquista, onde hoje esta a cidade de Vitória da Conquista, também fundou muitas outras cidades, como Condeúba e Poções. 
(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_ Gon%C3%A7alves_da_Costa).


Distrito criado com a denominação de São Miguel de Jequitinhonha, pela Lei provincial   nº 654, de 17-06-1853, e Lei estadual nº  2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Arassuaí.

Distrito criado com a denominação de Salto Grande, pela lei provincial nº 1860, de 12- 10-1871, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de São Miguel de
Jequitinhonha.


Seca de 1990 e 1998-9 noventinha

No final do século XIX, a partir de 1890, uma seca de grandes proporções se abateu sobre parte da Bahia e Minas Gerais, conhecida como a seca de “noventinha”, que levou a migração em grandes levas de pessoas vindas de cidades como: Salinas, Espinosa e Taiobeiras, não sem antes passar em Comercinho do Bruno, onde escolhiam a direção a seguir, se das Gerais ou da Mata. (MORENO, 2001,149).


A Disputa Pelo Ouro das Minas Novas do Fanado

Com a descoberta de jazidas na região de Minas Novas, entre 1726 e 1728, o povoado de Minas Novas foi elevado à condição de vila no dia 02 de outubro de 1730, recebendo o nome Vila de Nossa Senhora do Bom Sucesso das Minas Novas da Contagem.

A Bahia, alegando estarem às glebas auríferas do sertão do Fanado, dentro das suas presumíveis divisas, reivindicou a sua posse em 1742, retendo-as administrativamente e ligando as mesmas a Comarca baiana de Jacobina, há mais ou menos duzentas léguas de distância.

Em 1757, conforme resolução do conselho ultramarino de 13 de maio daquele ano, a região do Fanado finalmente retorna ao governo mineiro assumir a administração civil, militar e judiciária, através da sua anexação; permanecendo eclesiasticamente subordinada à Bahia.

Segundo Cézar Moreno, a região do médio baixo Jequitinhonha, pertenceu aos termos do Rio Pardo e de Minas Novas. Permanecendo ligada ao primeiro (RP) até o ano de 1837, quando, pela Lei Provincial nº 59, de 06 de março de 1837, foi desmembrada a freguesia de São Miguel da sétima divisão, do termo do Rio Pardo, e incorporado ao de Minas Novas. (MORENO, 2001, 71).



A ocupação oficial da região de Salinas teria início por meio de alvará concedendo ao Capitão Inácio de Souza Ferreira grande extensão de terras (sesmaria) que vão do rio Vacaria ao rio Jequitinhonha em 1734, no século XVIII.

Presença Africana no Sertão

Escravos alforriados que se instalaram na margem direita do Rio de Contas Pequeno, atual Rio Brumado, foram os primeiros habitantes da região de Rio de Contas. Em pouco tempo, formou-se o povoado denominado "Pouso dos Crioulos", que em 1746, passou a chamar-se Vila Nova de Nossa Senhora do Livramento das Minas do Rio de Contas. (fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Contas).

Na segunda década do século XVIII, o Bandeirante Sebastião Pinheiro da Fonseca Raposo Tavares descobriu ouro no local, iniciando um ciclo que marcou a história da região, fazendo com que o povoado prosperasse rapidamente. Rico em ouro de aluvião, o município viveu na segunda metade do século XVIII uma época de grande prosperidade econômica. (fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Contas).

Grande parte da população de Rio de Contas (vizinha de Jussiape) que havia fundado a cidade transferiu-se para Mucugê em busca de novas riquezas. A vila foi elevada à cidade em 1885.

Os escravos africanos trazidos ao Brasil pertenciam a um leque enorme de etnias e nações, a maior parte eram bantos, originários de Angola, Congo e Moçambique. Porém, em lugares como a Bahia, predominaram os escravos da região da Nigéria, Daomé e Costa da Mina, esses eram maiores e mais robustos que os bantos, e também mais desenvolvidos, alguns escravos islâmicos eram alfabetizados em árabe e já traziam para o Brasil uma rica bagagem cultural que Miscigenaram-se com os portugueses e índios, formando a raiz étnica do povo brasileiro.
(FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Demografia_do_ Brasil).

Um estudo genético realizado com pessoas de Belo Horizonte revelou que a ancestralidade dos belo-horizontinos é 66% europeia, 32% africana e 2% indígena. Por outro lado, na localidade de Marinhos, habitada principalmente por quilombolas, a ancestralidade é 59% africana, 37% europeia e 4% indígena (para aqueles cuja família vive na localidade desde o início do século XX, a ancestralidade africana sobe para 81%). De maneira geral, os mineiros apresentam muito baixo grau de ancestralidade indígena, enquanto a ancestralidade europeia (principalmente portuguesa) e africana predominam.
vejam também o blog: http://salinasmg.blogspot.com.br/

A Cultura Judaica no Sertão

Conta Augusto de Lima Júnior, em "A Capitania de Minas Gerais" que grande parte dos pioneiros portugueses que se instalaram nos povoados ao redor de Mariana e Ouro Preto eram cristãos-novos, e que muito dos costumes e expressões mineiras vem desses cristãos-novos, como a palavra hebraica "Uai" e o costume de sangrar todos os animais antes de cozinhá-los. Lembra Lima Júnior, também, que o antigo nome de Minas Novas, "fanado", significa "circuncisado". 
(FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Minas_Gerais).

Os portugueses já trouxeram para o Brasil séculos de integração genética e cultural de povos europeus, como os celtas e os lusitanos. Embora os portugueses sejam basicamente uma população europeia, 07 séculos de convivência com mouros do norte da África e com judeus deixaram um importante legado a este povo.

Um curioso estudo recente aponta que entre 25 e 30% dos primeiros colonos portugueses no Brasil eram, de fato, de origem judaica. (FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Demografia_do_Brasil).

Em 1492, os Reis Fernando e Isabel de Castela, conhecidos como Reis Católicos, decretaram a expulsão dos judeus da Espanha. Em razão disso, cerca de cento e vinte mil pessoas foram buscar refúgio em Portugal e, nessa mudança, levaram consigo sobrenomes árabes, hebraicos e espanhóis, além dos nomes de família representados por topônimos. (Fonte: http://www.saudades.org/ portugueorigem.html).

Em 1496, D. Manuel I decretou a expulsão dos judeus de Portugal, oferecendo, contudo, a oportunidade de permanecerem no país, mediante conversão ao catolicismo. Essa conversão, através do batismo, exigia nomes cristãos e, via de regra, o converso assumia nome e sobrenome tipicamente portugueses. Muitos mantinham, reservadamente, seus nomes originais, pois grande parte das conversões eram apenas de fachada, preservando a fé na lei mosaica na intimidade da família.
(Fonte: http://www.saudades.org/portugueorigem.html).

Analisando essas listas, nota-se que qualquer sobrenome português poderá ter sido, em algum tempo ou lugar, usado por um judeu ou cristão-novo. Não escaparam ao uso sobrenomes bem cristãos, tais como "dos Santos", "de Jesus", "Santiago", “Gonçalo”, “Dias”, “Leão”, “Fernandes”, “Pires”, “Martins” etc. Certos sobrenomes, porém, aparecem com maior frequência, tais como "Mendes", "Pinheiro", "Cardoso", "Paredes", "Costa", "Pereira", "Henriques", etc. O de maior incidência, no entanto, foi o "Rodrigues."
(Fonte: http://www.saudades.org/portugueorigem.html).











Segundo Caesar Sobreira, em seu livro Nordeste Semita, podemos listar algumas características da cultura nordestina e brasileira como de origem semita, tais como:

A endogamia, os casamentos consanguíneos, por questões religiosas.

O habito de se comer ou guardar na carteira alguns grãos de romã, na passagem do ano novo, visando a propiciar felicidade e prosperidade para o ano vindouro.

O habito de se construir mesas com gavetas, nas quais se escondiam as comidas preparadas conforme preceitos judaicos, no caso eventual de se chegar alguma visita inesperada, dentre outros.

Expressões como: "passar mel na minha boca", como quem diz, pensa que me engana, vem do habito judaico de passar mel na boca das crianças quando da circuncisão, para evitar que a criança chore.

Dar banho nos mortos.

Lenda da Verruga: como se sabe, o dia no judaísmo começa na véspera. Então, o “shabat” – descanso judaico no Sábado, começa na véspera com o nascimento da primeira estrela. Se um judeu apontasse para o céu quando visse a primeira estrela para anunciar o início da festa do Shabat, como cristão-novo ele estaria se denunciando. O adulto poderia se controlar, mas o que se diria para as crianças? “- Não aponta que se nasce verruga”. Era a única maneira de poder controlá-las, para que a família não fosse descoberta e perseguida pela Inquisição (MENDA, 2000).

http://anussim.org.br/algumas-familias-mineiras-tradicoes-e-costumes/




2 comentários:

  1. Muito bom! Gostei muito. Falo sobre isso no Museu da História da Inquisição e os textos me deram alguns detalhes novos.

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